Em maio e junho de 1842 eclodiram revolu??es em S?o Paulo e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul houve momentos de euforia, pois os rebeldes julgavam que esses movimentos armados viriam facilitar os seus desígnios. Restabelecida a paz nas duas Províncias, convenceu-se o governo imperial de que a rebeli?o rio-grandense n?o seria dominada enquanto n?o houvesse à frente das tropas um militar de indiscutível prestígio e capacidade profissional. Naquele momento destacava-se o nome de Luís Alves de Lima e Silva, cuja atua??o político-militar no Maranh?o, em S?o Paulo e Minas Gerais lhe havia granjeado muito respeito, tanto na área militar como na civil. Concentrando numa só pessoa o exercício das fun??es militares e administrativas, o governo nomeou-o Presidente e Comandante das Armas do Rio Grande do Sul, a 28 de setembro de 1842. Na época as for?as rebeldes ocupavam e dominavam a chamada campanha do Rio Grande. Caxias chegou a Porto Alegre no dia 9 de novembro. Na mesma data assumiu suas fun??es e na posse fez um apelo ao povo gaúcho, através de uma proclama??o: "Rio-grandenses! Sua Majestade o Imperador, confiando-me a presidência e comando em chefe do bravo Exército brasileiro, recomendou-me que restabelecesse a paz nesta Província do Império, como restabeleci no Maranh?o, em S?o Paulo e em Minas Gerais; a Divina Providência, que de mim tem feito um instrumento de paz para a terra em que nasci, fará com que eu possa satisfazer os ardentes desejos do magnanimo monarca e do Brasil todo." Assinava o documento um chefe militar que até ent?o n?o fora vencido. E tratou de preparar a vitória. Procurou, inicialmente restabelecer as atividades comerciais na conflagrada Província. Criou estabelecimentos nas faixas de fronteira que privassem os rebeldes de conseguir aprovisionamentos nos países vizinhos. Sabedor que só teria êxito se contasse com maior número de cavalos, efetuou a compra de animais e adquiriu a forragem necessária. E habilidosamente atraiu Bento Manuel para o seu lado dando-lhe expressivo comando. O plano de Caxias resumia-se em partir para o interior com as tropas articuladas em uma só coluna, precedida naturalmente de uma vanguarda. Esperava poder atrair os revolucionários, travar batalha campal e batê-los. Os remanescentes haveriam de se exilar nos países vizinhos. A execu??o do planejamento exigia uma concentra??o inicial dos meios disponíveis. As for?as imperiais estavam dispersas; parte achava-se na regi?o de Pelotas, parte em Porto Alegre e Rio Pardo, e o grosso ocupava a margem esquerda do Jacuí, no Passo de S?o Louren?o (Fig 2). Iludindo o adversário quanto ao local de travessia do canal de S?o Gon?alo e marchando ao longo da Lagoa dos Patos, Caxias evitou ser batido por partes. Conseguiu alcan?ar seu objetivo, levando a maioria dos meios de Porto Alegre e Rio Grande para juntar-se ao grosso do exército, deixando nesses locais um mínimo de for?as. Itinerário seguido pelo Conde de Caxias desde a partida de Porto Alegre até a surpresa de S?o Gabriel Reorganizou os seus elementos e antes de marchar lan?ou um destacamento sob o comando do Coronel Jacinto Correia com a miss?o de galgar a serra e bater as for?as farroupilhas de José Gomes Portinho, de forma que n?o viessem a perturbar-lhe a liga??o com a capital. O Coronel cumpriu a miss?o. Portinho foi obrigado a retrair, realizando um grande movimento circular e reunindo-se em Alegrete a seus partidários
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