用葡萄牙语讲述历史21

全国等级考试资料网 2023-05-03 13:54:21 45

A retomada de Belém trouxe novo ânimo às autoridades governamentais que estavam empenhadas na operação mais demorada - livrar a população dos saques de grupos rebeldes que infestavam o interior, inclusive Marajó. No interior, o cabano sentia-se à vontade e, muitas vezes, contava com o auxílio do povo, por coação ou por identidade de propósitos. Somavam-se a este fato as condições hostis do meio físico que dificultavam a operação das unidades legais.

Conhecedor dos problemas da região, Andréa solicitou ao governo central os meios necessários ao restabelecimento da normalidade na Província, buscando com providências acertadas promover a prosperidade local. Com tropas insuficientes, em número e qualidade, com equipamento e armamento deficiente e necessitando de barcos a vapor para aumentar a mobilidade das forças, mesmo assim lançou-se contra os derradeiros focos subversivos. Iniciou o reconhecimento e a busca de informações sobre as concentrações rebeldes, sabendo assim que o principal grupo, comandado por Angelim, se estabelecera em Turi, às margens do Acará; em Marajó, bem como em Breves, em Almeirim e em outras localidades do Baixo Amazonas os guerrilheiros haviam sido batidos. Organizaram-se várias expedições que obtiveram sucesso, como em Moju e Boca do Acará, por exemplo, sem contudo conseguir eliminar Angelim e o numeroso grupo. O lento desenrolar destas operações preocupou o governo provincial, levando-o a reclamar junto ao Ministro da Guerra o estabelecimento de prefeituras militares, de comandâncias e de subcomandâncias em várias localidades (como Rio Negro, Santarém e outras) e o envio de oficiais superiores para a Província. Em agosto, os insurretos foram derrotados em Marajó, novamente, e na vila do Rio Negro, em operações combinadas com a Esquadra. A vila de Oeiras foi retomada.

Prisão de Angelim.

Em fins de agosto e no princípio de setembro chegaram informações sobre o grupo de Angelim, homiziado em Acará e reforçado com elementos de Félix Gonçalves e Manuel Maria. Seguindo instruções do Presidente, as forças legais montaram uma operação conjunta para exterminar de vez os sediciosos. Cuidadosamente planejado e executado, o envolvimento dos cabanos ocorreu no vale do rio Pequeno, nas proximidades do lago Porto Real, onde Angelim e outros chefes foram aprisionados, a 20 de outubro de 1836. A operação infligiu grandes perdas ao movimento, sendo que muitos de seus membros desertaram.

Prolongada pacificação.

As operações de limpeza continuaram. Em dezembro Santarém foi retomada. Novas preocupações passaram a afligir as autoridades provinciais em 1836 - o apoio emprestado aos revoltosos pelos franceses. De fato, como a França reivindicava grande parte do território setentrional da Província do Grão-Pará, uma possível sucessão só poderia favorecer as pretensões francesas. A Cabanagem, por isso, representou um sério perigo para a integridade nacional.

No decorrer dos anos de 1837 e 38 prosseguiram as operações contra os derradeiros focos rebeldes, em plena desintegração. O Brigadeiro Andréa, em abril de 1839 transmitiu o cargo ao novo Presidente nomeado, Dr. Bernardo Sousa Franco, paraense filiado à corrente liberal e que procurou obter a conciliação, embora prosseguissem as operações militares. Apesar de conseguir anistia para os sediciosos, estes continuaram a agitar o interior da Província.

Em fevereiro de 1840 assumiu a presidência o Dr. João Antônio de Miranda. Dotado de espírito conciliador, conseguiu desativar inúmeros focos, incorporando os cabanos à comunidade paraense e incentivando as atividades econômicas.

O início do governo pessoal de D. Pedro II abriu uma era de paz e prosperidade para a nação. O Grão-Pará estava inteiramente pacificado. graças aos esforços das forças legais.

PRAIEIRA

Caracterização do movimento.

Revolução, insurreição, rebelião, levante, revolta - são classificações que têm sido atribuídas ao movimento praieiro pelos historiadores, que também discordam quanto aos objetivos dessa convulsão. Mas são todos unânimes em que uma das características que o definiram foi sua feição de guerrilha.

O título praieiro advém da rua da Praia, em Recife, onde Luís Roma e João Batista de Sá imprimiam o Diário Novo, órgão do grupo político que comandava o movimento. A partir de setembro de 1844, este periódico recebeu o apoio do General José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, que se deslocou do Rio de Janeiro para Recife.

O movimento foi, para alguns, exclusivamente político, sem fundo ideológico, e limitado a Pernambuco, sem conseqüências de âmbito nacional. Para outros, foi um movimento nativista, com acentuada xenofobia. Seus adeptos reivindicavam a nacionalização do comércio varejista, a exclusão dos portugueses não ligados a brasileiros por laços familiares. O Exército foi mais uma vez convocado para pacificar uma Província conflagrada.

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