葡萄牙语阅读:如果巴西会打一场战争,结果将是怎样

全国等级考试资料网 2022-08-08 10:04:20 100

Pode ter certeza de uma coisa: n?o seria contra os argentinos. No nosso continente, existem dois outros inimigos bem mais prováveis. Um deles é a Bolívia, que, em maio, for?ou a Petrobras a vender com prejuízo suas duas refinarias no país. Os meses que antecederam a decis?o foram muito tensos. Teve gente pedindo que nosso exército entrasse no território vizinho para retomar as refinarias à for?a. Seria relativamente fácil: nosso país tem o maior poderio militar da América do Sul. A Bolívia, só o oitavo. Temos 8 vezes mais homens, 11 vezes mais veículos e 21 vezes mais or?amento. O problema é que o venezuelano Hugo Chávez, o maior aliado do presidente boliviano, Evo Morales, n?o iria gostar nada dessa história. Chávez, que andou dizendo que o Senado brasileiro age “como um papagaio” do Congresso americano, poderia criar um front amaz?nico. “Uma guerra contra a Bolívia seria um passeio. Mas a rea??o de Chávez seria violenta”, diz José Alves Donizeth, cientista político e professor da UnB. Provavelmente, um conflito assim teria 3 etapas distintas (veja abaixo).

1 - A invas?o brasileira

Partindo de Ladário, no Mato Grosso do Sul, o Brasil ataca a base boliviana de Puerto Suárez, a 10 quil?metros da fronteira. Dali, toma o acesso ao rio Paraguai, que hoje escoa metade das exporta??es da Bolívia. No território inimigo, os soldados brasileiros travam um conflito sangrento em San Ignacio de Velasco. Enquanto isso, parte das tropas ruma em dire??o a Santa Cruz de la Sierra, a maior cidade do país que se rende sem resistência, assim como a província de Cochabamba. O exército boliviano inicia uma guerra suja de guerrilha. As refinarias da Petrobras s?o destruídas. Em rea??o, o Brasil bombardeia a capital, La Paz.

2 - A rea??o bolivariana

Chávez anuncia a forma??o da Frente Bolivariana Contra o Imperialismo Brasileiro, ataca o noroeste de Roraima e abre um novo front de guerra. Antes que o Brasil seja capaz de mobilizar as tropas, os avi?es venezuelanos bombardeiam reservas indígenas ianomamis, onde existem jazidas de diamantes. O governo da Col?mbia, que há anos acusa a Venezuela de dar apoio logístico às For?as Armadas Revolucionárias da Col?mbia (Farc), se alia ao Brasil e coloca à disposi??o do vizinho soldados que conhecem bem a selva. O norte da Amaz?nia brasileira se transforma em uma espécie de Vietn? ocidental, com a mata fechada sendo palco de combates sangrentos que se desenrolam por meses a fio.

3 - A reviravolta americana

Sob o pretexto da salvar a floresta e os índios massacrados pelo exército venezuelano, os EUA entram no conflito ao lado do Brasil. Partindo de bases em Aruba e nas Antilhas Holandesas, atacam com avi?es a capital Caracas. Em outra frente, enviam militares para refor?ar os pelot?es brasileiros baseados no 7o Batalh?o de Infantaria de Selva, em Boa Vista (RR), e no 5o Batalh?o de Infantaria de Selva, em S?o Gabriel da Cachoeira (AM). Incapaz de encarar a guerra em duas frentes simultaneas e pressionado pela popula??o por causa das mortes na capital, o governo da Venezuela se retira do território brasileiro.

4 - O pós-guerra

O conflito muda territórios e endurece as fronteiras entre os vizinhos. Os governos de esquerda s?o substituídos por presidentes de direita, com um discurso fortemente militarizado. “Uma guerra generalizada colocaria em risco a democracia no continente”, diz o professor Donizeth, da UnB. No exterior, crescem os acessos de xenofobia contra brasileiros. Com o presidente Morales exilado na Argentina, o Brasil controla a produ??o e distribui??o de gás e se recusa a deixar a rica província de Santa Cruz. A Bolívia supera o Haiti e se torna o país mais miserável do continente. Em retalia??o pela invas?o, o Brasil ocupa o Estado venezuelano do Amazonas, que se incorpora ao nosso mapa como Amazonas do Norte. Um general pró-EUA assume o poder e concede às empresas americanas o poder de explorar o petróleo do país. Declarado criminoso de guerra, Hugo Chávez se esconde na selva, onde organiza milícias bolivarianas. Refor?adas pelos armamentos venezuelanos, as Farc bombardeiam Bogotá: a Col?mbia explode em guerra civil. Os acordos de coopera??o econ?mica da regi?o s?o suspensos: o Mercosul vai pro beleléu.

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