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全国等级考试资料网 2023-04-14 05:32:12 59

Neste trecho está apresentada de forma incisiva a idéia de que o Exército tinha de proteger-se das a??es impatrióticas de políticos corruptos para manter as institui??es nacionais, o que passou a ser uma miss?o especial ou uma atribui??o do Exército para finalmente transformar-se em um encargo tradicional.

Como durante o período colonial, o Exército continuou a ser utilizado em uma série de atividade n?o-militares. O emprego da tropa em atividades de policiamento e de guarda em áreas muito amplas impossibilitavam a realiza??o de manobras com grandes efetivos e longa dura??o. Os engenheiros militares foram empenhados na constru??o de edifícios públicos, estradas, portos, linhas telegráficas e até de algumas fábricas. O estabelecimento de col?nias militares nas áreas de fronteira foi uma outra tradi??o mantida durante o Império.

O IMPACTO DA GUERRA DO PARAGUAI

O Brasil travou uma guerra de pequenas propor??es contra o ditador argentino Jo?o Manoel Rosas em 1852 e o conflito que n?o teve longa dura??o serviu para demonstrar a fraqueza do Exército como for?a de primeira linha. A Guarda Nacional também demonstrou deficiência, particularmente porque seus integrantes, donos de terras, pleitearam "isen??o do servi?o". A Guerra do Paraguai (1865?70), entretanto, serviu como divisor de águas na busca histórica dos chefes militares brasileiros por sua destina??o verdadeira na sociedade, já que lhes proporcionou um sentido de solidariedade corporativa. Esta solidariedade dentro da institui??o, por sua vez, facilitou o surgimento de um espírito de corpo que extravasou os limites da organiza??o ? chegando a ser uma mística ? e impulsionou os chefes militares no cenário político nacional, donde n?o se afastaram mais, em caráter definitivo. A guerra, de considerável envergadura e dura??o, possibilitou um teste nas estruturas imperiais, consideradas deficientes. O conceito de na??o armada foi empregado para estimular o apoio ao esfor?o de guerra e o legendário Caxias foi convocado para comandar as for?as brasileiras e por fim todas as for?as da Tríplice Alian?a.

Os chefes militares viram de forma impatriótica o comportamento dos civis durante a Guerra do Paraguai. A elite proprietária de terras evitou servir de todas as maneiras possíveis, isto é, fazendo-se substituir por escravos, doando provis?es à Guarda Nacional e utilizando outros artifícios. Alguns dedicaram-se ao enriquecimento ilícito, ao fornecer suprimentos ao Exército. No início da guerra o Gabinete liberal tentou impedir a nomea??o de Caxias, que era ligado ao Partido Conservador, para o comando das for?as brasileiras. Caxias era considerado um homem providencial, de forma que ele acabou sendo nomeado. Os líderes liberais, entretanto, enfureciam Caxias com suas críticas através da imprensa. Brandindo a espada da honradez, Caxias for?ou D. Pedro a mantê-lo como comandante e dissolver o Gabinete liberal ou a instituí-lo. D. Pedro optou pela substitui??o do Gabinete; os liberais consideraram o ato como uma derrota dos métodos democratas, com vincula??es militaristas e caudilhistas.

O DECLíNIO DA GUARDA NACIONAL

O declínio da Guarda Nacional, considerada a principal for?a com o encargo de dar continuidade ao ideal de na??o armada e que também era vista como um exército de segunda linha, apresenta grande importancia no soerguimento do Exército depois da Guerra do Paraguai. O fracasso da guarda na consecu??o de seus objetivos, relacionado com a inabilidade da burocracia em se desenvolver gradualmente, segundo diretrizes racionais, em ritmo mais apressado, foi atribuído ao fato de que a institui??o estava radicalmente comprometida assim como dependia de servi?os n?o remunerados de civis. A idéia de que a Guarda poderia servir para de forma discreta socializar o segmento n?o elitista da popula??o nas institui??es públicas falhou porque essa parcela da plebe se recusou a ser coagida para o servi?o. O servi?o sem remunera??o era desarrazoado porque interferia nas necessidades pessoais do cidad?o.

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